sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

E a nossa cultura, hein?

Mas que coisa! Muitas vezes não consigo entender como funciona a cabeça do povo brasilero!
Ontem a noite estive na Sala Cecília Meireles, onde tive o imenso prazer de assistir ao Maestro Roberto Minczuk (internacionalmente premiado inclusive com o Grammy Latino) regendo a Orquestra Sinfônica Brasileira em umTributo à John Williams.
Infelizmente a maioria da população brasileira nem imagina quem seja este fantástico músico novaiorquino, mas com certeza lembra de várias das suas obras.
Ele é o responsável por diversas obras de arte auditivas, as trilhas sonoras de vários grandes filmes de Hollywood.
Foram apresentadas as principais músicas da trilha sonora de ET - O extraterrestre, Jurassic Park, Harry Potter, Indiana Jones, A Lista de Schindler e Star Wars, sem contar com a brilhante orquestração do tango "Por Una Cabeza" de Carlos Gardel, no filme Perfume de Mulher, executado com um majestoso solo de violino de Daniel Guedes, um carioca de 32 anos que já tem diversos CD's gravados e já atuou como solista com Zukerman, Karabtchevsky, entre outros.
Uma noite memorável, que me foi proporcionada por meu amigo e tecladista Diogo Pereira. O "gran finale" da noite ficou por conta da performance (cômica) de Darth Vader em pessoa, que se apresentou para reger a orquestra na Marcha Imperial (Tema de Darth Vader - Star Wars) e que depois foi expulso pelo próprio maestro Minczuk com a sua camiseta de Super-Homem, que regeu novamente a orquestra na música tema do filme do Superman. Ainda bem que Darth Vader não deixou nenhum resíduo de kriptonita na baqueta...



Pois bem! Hoje, após terminar a visita na enfermaria do hospital, liguei a televisão e vi diversos artistas brasileiros de renome, tais como MC Sapão, MC Marcinho, Belo, e um grupo de pagode tão ruim que meus neurônios teimam em não recordar o nome. Depois recebi pelo Twitter a notícia que uma votação no G1 "identificou" os melhores da música em 2009. As coisas são tão fora dos eixos que o melhor disco do ano foi Mi Delirio da mexicana Anahí (ex-RBD), seguido de Amor sem fim da Banda Calypso, deixando o Grammy Latino do Roupa Nova em Londres num amargo 4º lugar. O melhor show do ano foi da Banda Calipso com suas coreografias e figurinos de gosto deveras duvidoso além de músicas no mínimo questionáveis na voz desafinada da "cantora" Joelma (a faz-tudo da banda) cujo guitarrista e marido Chimbinha conseguiu a proeza de ficar à frente de Angus Young do AC/DC, cuja tourneé mundial foi considerada a melhor do mundo. Eu me recuso a comentar as outras patacadas...

Sei que devia reduzir meu preconceito musical, principalmente depois de ouvir Baba Baby na voz da fantástica Maria Gadú e Garçon com o Diego Moraes, mas me sinto mal com esta disparidade de conceitos e com a infinita capacidade de idolatrar o brega e ignorar o bom! Não sou crítico musical e nem pretendo ser. Apenas estou mostrando minha opinião. E opinião é como umbigo: cada um tem o seu e mostra quem quer (ou quem pode)...
Me sinto com sorte de poder ouvir Luiza Possi, Roupa Nova, Maria Gadú, Isabella Taviani, DNA, Ana Carolina, Dudu Falcão, Jay Vaquer, Jorge Vercilo, Lulu Santos, Leoni, George Israel, Paula Toller, Paralamas do Sucesso, Leo Jaime, D'Black,  Belô Velloso, Fred Martins e tantos outros bons... Não posso continuar digitando aqui. São muitos!
Agradeço todos os dias por vocês existirem!

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